O governo brasileiro vai reforçar a presença das forças de segurança na Amazônia para evitar crimes ambientais como desmatamento ou garimpo ilegais, informaram fontes oficiais.
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Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o governo brasileiro utilizará recursos do Fundo Amazônia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para incrementar a vigilância na maior floresta do mundo.
O BNDES é a instituição financeira responsável pela gestão do Fundo Amazônia, que foi retomado este ano com um fluxo de caixa de mais de 5,4 bilhões de reais (US$ 1,08 bilhão). Os recursos do Fundo são provenientes de doações de países estrangeiros para fomentar projetos de proteção do bioma.
Segundo Flávio Dino, a intenção é destinar 1 bilhão de reais (US$ 200 milhões) do Fundo Amazônia através do BNDES, somados a 700 milhões de reais (US$ 140 milhões) do orçamento do próprio ministério da Justiça e Segurança Pública.
O plano prevê o aumento de agentes de segurança e de equipamentos na região.
"Estamos pleiteando recursos para multiplicar bases fluviais, bases terrestres, multiplicar a presença no território com helicópteros, drones, armamentos e aviões e, com isso, conseguirmos enfrentar esse novo patamar do crime na Amazônia, que é a criminalidade articulada com quadrilhas", afirmou o ministro. "Monitoramento por satélite é importante, inteligência é vital, mas é preciso presença física", argumentou.
Dino ressaltou que os invasores de terras indígenas que resistem a sair de áreas de proteção ambiental ocupadas ilegalmente são, em sua maioria, ligados a facções criminosas fortemente armadas e perigosas. Como exemplo, citou as dificuldades para concluir o processo de 'desintrusão' (nome dado à retirada de quem não é originário da área legalmente demarcada como indígena) dos garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima.
"Por que a 'desintrusão' do território Yanomami caminhou sem nenhuma morte durante meses, e durante as últimas semanas há confrontos armados? Porque exatamente setores que permaneceram no território são vinculados a facções criminosas", afirmou Dino.
Entre os garimpeiros mortos nas últimas semanas, após enfrentamentos com as forças de segurança, estava um membro de uma facção criminosa com operações a nível nacional. Esta linha de investigação se converteu em um dos focos das ações de inteligência do governo federal na região.
Entre janeiro e abril de 2023, segundo dados da Polícia Federal, houve uma redução de 35,61% no desmatamento da Amazônia, em comparação ao mesmo período de 2022.
Os alertas de garimpo ilegal, que chegaram a 13.800 no ano passado, caíram para 8.500 nos primeiros quatro meses de 2023.
Créditos Agência Xinhua
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