PF investiga organização criminosa que alicia jovens para tráfico internacional
Operação acontece em cidades do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do estado de São Paulo
Policiais federais realizam, nesta quinta-feira (15), operações em quatro estados, cumprindo sete mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 22 de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo (RS).
A ação da Polícia Federal (PF) acontece nas cidades de Passo Fundo, Marau, Caxias do Sul e Montenegro, no Rio Grande do Sul; Itapema e Itajaí, em Santa Catarina; Curitiba, Fazenda Rio Grande, Cascavel, Laranjeiras do Sul, ambas no Paraná, e Valinhos e Vinhedo no estado de São Paulo.
A Justiça determinou ainda o bloqueio de cerca de 130 contas bancárias de 30 envolvidos. A Operação Rookies investiga uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
As investigações começaram a partir da descoberta de que um homem, que estava preso por tráfico de drogas, conseguia agenciar de dentro da cela remessas de drogas para Europa. Ele tinha o apoio de outros detentos e pessoas externas, que aliciavam jovens, de preferência sem antecedentes criminais, e diante de pagamento, para levarem drogas para o exterior.
Em novembro de 2019, um homem foi preso com quatro quilos de cocaína no aeroporto de Zurique, na Suíça. No mesmo mês, um casal, também foi preso com drogas em Copenhagen, na Dinamarca. Nos dois casos, os envolvidos tinham saído do Brasil. Ainda segundo a PF, outros casos envolvendo envio de drogas para o exterior, e que resultaram em prisão estão sendo investigados.
A PF diz que essa organização, cuidava da distribuição regional de drogas em Passo Fundo e, para isso, recebia cocaína e maconha de Curitiba. Do litoral de Santa Catarina, vinham drogas sintéticas, que eram repassadas para traficantes locais, que estavam à frente do comércio de varejo dos produtos do crime.
Esse grupo é investigado também, por lavagem de dinheiro oriundo do tráfico, já que movimentavam grandes quantias de dinheiro utilizando contas de laranjas, pessoas usadas na ocultação de bens ilícitos ou de origem incerta. Entre 2017 e 2021, esse grupo de laranjas teria movimentado cerca de R$ 220 milhões.
Os envolvidos vão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Operação conta com o apoio também de integrantes da Polícia Penal da Superintendência dos Serviços Penitenciários, do Rio Grande do Sul, e do Departamento de Polícia Penal, do Paraná.
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